quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mazein?

Aos fatos... que fatos?

Nem sei. O povo caiu no sono.
Sobramos eu e a minha mente, para passar a noite. Tem um computador, mas não me diverte tanto. Nada tem me divertido. Uma coisa ou outra, ainda, por alguns minutos, horas, ou sei lá. Mas acaba, e esses finais sempre levam minha paciência com eles.
É assim que os dias acabam, acho. Quando não se tem mais paciência para aguentá-los.
O que coloca, é claro, todo ser pensante com o controle da situação.

Mas às vezes não enxergo como um homem incompleto, vestido de samba-canção e camiseta cinza manchada e furada, emprestadas, e pensamentos, imprestáveis, contém algum poder. E às vezes sobe-me à cabeça a certeza de que tudo está ali, para ser escrito.

O colchão sem lençol no chão, o edredon e o cobertor, antigos, e duas almofadas como travesseiros. Ali deita o homem incompleto. E em seu sono, o tempo passa, e jamais é o mesmo. Opiniões mudam, enquanto ele dorme; a carne amolece, enquanto ele dorme. O coração fala mais alto, enquanto ele dorme.

Lá vem o mundo, lá vai o mundo. E gira e gira e gira.
E o tempo passa, e jamais é o mesmo.
O mundo sob as cobertas, sob os cabelos, engole-se num infinito aconchegante de cores inexistentes, protegido do frio que bate lá fora.
Acaba-se o dia. E não sobra vontade ou paciência para dissertar sobre a falta de consideração que as pessoas têm ao começar o dia antes que outros se acabem.

Mas tudo bem - bola pra frente.
Corpo, carne osso e alma, pra baixo do cobertor.
E que o tempo passe.



~ ~ ~




Eis um texto que não é de hoje.
Mal lembrava dele - digitei com sono, fora de casa, e salvei no e-mail, lá pelo fim de Julho deste ano.
Sem lá muito o que postar, por agora. Li Laços de Família durante o feriado e desde então, quando sozinho, minha cabeça se enche de palavras ditando inúmeros contos sobre o Cotidiano. A ausência de papel e lápis nessas horas faz com que nenhum deles seja escrito - e a futilidade dos fatos que seriam retratados é também um determinante para que eu não cometa o crime de escrevê-los.

Assim, não tenho coisas minhas, novas, a postar.
Fiquem com um pouco do passado - afinal, não quero ser o único a me divertir tanto com ele...
Abraços.