De papel camurça preto;
e deixa a noite cair.
Despeja teu pó sobre este mundo
E cega o que há de perfeito;
coloca-nos para dormir.
E dita teu feitiço mudo
co'as antenas, um encantamento
que nós não podemos ouvir.
Co'as runas do corpo felpudo
Confunde o que deve ser feito;
distorce o nosso sentir.
Teus olhos, inúteis, vão fundo
no sexo, no ninho ou no leito;
que nunca chegou a existir.
Termina, em teu vôo, com tudo:
Flutuas no ar em Sonetos
Místicos zigue-zagues e curvas sinuosas
És bruxa negra, sombria mariposa,
és ilusória, desde o nascimento.
Zé Eduardo Martin Roquetti
Um comentário:
te contei da vez que criei uma lagarta de mariposa? é uma história boa...
estou colocando 'escritos' de novo num outro blog. passa lá quando quiser.
www.temporadadasflores.blogspot.com
Postar um comentário