eu vadio, pai do filho d'O Homem sem ser pai de fato.
não fosse carpinteiro, seria vadio.
domador de leões.
vocês leões.
quem de escravo subiu à biga e esmagou as traições,
enchendo-se das graças e milagres à distância.
quem tomou três pedras e derrubou o gigante,
para ver morrer seu reino diante da promiscuidade e desimportância.
leões que me cercam na cova, reis poetas do passado.
eu mesmo tenho juba e olhos ferinos,
eu mesmo faço cerco ao meu corpo acuado, em mais de uma face.
meus leões eu dobro num voleio de meus farrapos cansados
- vocês eu encaro, sorvo da juba d'ouro sem tocá-la,
sofro a pane de cruzar-lhes os olhos sem recuar.
judá, e quem sobre o trono de judá reinou, reis poetas;
caiam por terra que já não me importam mais.
só sobrevivem hoje meus leões, dobrados e quietos nos bolsos.
mas passear por aí
passear por aí é como andar com meus leões soltos.
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