sexta-feira, 27 de julho de 2007

O que não mata, engorda.

Tomava café-da-manhã como em outro dia qualquer. Seu desjejum baseava-se em um copo de leite puro e metade de uma broa de milho com manteiga. Vez ou outra, tomava junto do leite uma pílula de energético à base de Guaraná e Catuaba – apenas quando a noite não havia sido satisfatória ou suficiente para o descanso.
Eis que reparou que havia uma mosquinha, dessas “de banana”, flutuando e se debatendo à superfície branquela de seu leite. Não era o fim do mundo, mas sua mãe estava por perto, então decidiu que devia faze-la rir com a cena. Dramatizou:
- ... Ah nãããão, uma mosca no leite não...
Sorriu com certo desânimo. Ela não tinha culpa, a mosca. Retirou-a com facilidade, usando o fino cabo da faca de manteiga, sem corte – jogou-a sobre a toalha, dentre tantas migalhas.
Passou então a comer a broa, entre um gole ou outro do leite. Quando partiu para a segunda golada, parou – havia algo flutuando, novamente, à superfície lactosa. Desta vez era uma substância agregada, um pouco maior que a mosca; como uma minúscula rede de partículas negras, um pozinho que vulgarmente, na cabeça daquele matutino, era expelido por insetos. Não fazia idéia do que era:
- Ai, caramba... Quê é isso agora?
Repetiu o movimento com a faca cega, livrou-se daquela sustância estranha. Encaminhou o próximo gole, mas o movimento se estacionou tão logo veio-lhe um pouco de razão: “Hm, espera lá... E se esse treco for venenoso?”, pensou. Um pouco mais alto, em seguida, num ditado que precedeu um gole considerável do leite:
- Bah, deixa. O que não mata, engorda...
E matou.

~ ~ ~


Aaaah, que curioso!
Pensei em postar um texto recente, e fui checar a data em que eu havia escrito esse. E percebi que faz exatamente um mês que me veio toda a idéia e que, logo de manhãzinha, passei em palavras toda essa bobagem.

Querem novidades? Hm... Não, não irei fazer suas vontades; direi o que é fato consumado a todos. Quanta coisa mudou em um mês!
Já perdi minha postura perante essas mudanças. Perdi a paciência. Mas fazer o quê, né... Keep Changing. =)


Agora, dispeço-me, arriscando minha pele com insanidade, colocando palavras cujo significado eu desconheço completamente. Estas vêem da #9 Dream, do John Lennon; um cover dela acabou de tocar na rádio, e, por quê não?, as tais palavrinhas não pararam de bailar pelo meu cérebro. (E agora, Piano Bar do EngHaw, na rádio. Senhoras Rádios, favor parar de colocar músicas que fazem sentido. Às vezes enche.)
Vai, chega de embolação.
Que as palavras bailem, que venha a despedida.

Ah! b'wakawa poussé?, poussé? =)
Cya.

5 comentários:

Anônimo disse...

Zé!
Ser blogueiro é uma arte linda.
Inútil, mas linda.
Que bom que vou poder te ler aqui de vez em quando.

Beijo!

Anônimo disse...

Hehehe ... pois é, me deixou com uma fome muito grande agora ... não gosto de acordar!
ixi já pensou? é um modo besta de se morrer mas enfim ...

Você sem paciencia ou sem saco? Não te imagino sem paciencia ^^'

Hm...Beijão bobão o/

;*

Anônimo disse...

Basat dizer... finalmente essa merda de ditado fez sentido!

Anônimo disse...

Boa noite

Gostei muito do texto.
Acho que calhou de ser como meu sábado. Sai totalmente da dieta e agora estou me sentindo mal... hehe...

Grande abraço

André Neves

Anônimo disse...

tun dum pxiii
XDDD