terça-feira, 7 de abril de 2009

repente

olhos nos olhos e os meus olhos nos dela e os dela nos meus lábios; então os olhos dela nos meus e os meus nos seus lábios.
era a expressão pura do que os lábios queriam.
era o mais digno convite para um beijo.
o sublime e em tempo óbvio suspiro dos olhares certos de que o gesto almejado cairia em abstração eterna jamais capaz de ser.
encararam-se olhos e lábios.
matou-se o momento num “nunca mais” não-pronunciado mas subentendido no silêncio.

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