terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ou sorrindo.

Ontem finalmente as coisas chegaram num ponto de tamanho caos que assistir aulas saiu de cogitação. O sono (ou a falta dele), as coisas que precisava fazer, as questões nas quais (não deveria, mas) precisava pensar - o ponto de equilíbrio e de coesão que eu queria estabelecer; me fizeram tomar a rota de casa ao invés de sentar pra aula.
Cambaleei o caminho inteiro, escutando a mesma música e admitindo que o frio não era pela falta da blusa. Cheguei. Tapei o buraco dos dentes com alguma coisinha (o nó na garganta não deixava a comida passar, os solavancos no estômago não faziam boas promessas).
Minha sôfrega confusão me encarcerou no quarto para outras horas de quem sabe algumas surpresas. Me pediu um sorriso, como se pedisse um cigarro ou fizesse uma piada de humor inglês. Desfiz-me dos meus olhos de ressaca, pois não havia no meu mundo dente que não quisesse lá no ínfimo se exibir à rainha. E nervoso e incerto e sincero, ri de dentro, rodeado de coincidências intangíveis e das surpresas que ela quisesse.


Além de continuar o que quer que eu esteja fazendo, agora é apertar os olhos, cruzar os dedos e abraçar os joelhos pra que hoje e ainda amanhã eu também esteja num lugar mais morno, apertado e aconchegante do que esse vasto e laminado quarto.

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